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sábado, 14 de outubro de 2017


Sobre o princípio das dores, fim do mundo e a ceia santa, do ponto de vista esotérico





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“Ora, Jesus, tendo saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos, para lhe mostrarem os edifícios do templo. Mas ele lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada. E estando ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo”. (Mat. 24: 1-3)



“E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores. (Mat. 24:6-8)



“Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, o partiu e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. E tomando um cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; pois isto é o meu sangue, o sangue do pacto, o qual é derramado por muitos para remissão dos pecados”. (Mat. 26: 26-28)













Passamos por um momento espiritual. Isso nos lembra em contraste com o nosso apego material, e assim nos vêm a memória o Cristo, que nos mostra esse caminho espiritual. Isso não se faz sem alguma dificuldade inicial, e assim o fim dos tempos. Tal fim não é necessariamente externo, mas mais interno. É um certo batismo verdadeiro e profundo. Também uma eucaristia espiritual e mística que nos une ao Cristo Cósmico. Essa lição da ceia é ainda alquímica, como lembra Corinne Heline, em seus comentários esotéricos a Bíblia. Também John Scott nos leva a pensar no que é esse tal fim do mundo. E o que vem a ser esse Monte das Oliveiras, em sentido místico? E qual será a pedra sobre pedra que não estará derribada? Será que o Divino agirá com alguma “maldade” extinguindo toda a possibilidade de existência humana? Será que guerras, catástrofes naturais e perseguições transformam o mundo em algo melhor, ou o levam para a espiritualidade? 

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Há entre muitos teólogos uma certa escatologia, defendida em sentido fatalista e pior, materialista. De modo algum a doutrina bíblica é meramente moralista e material, e mesmo não se pode nem relacionar fatos que ocorreram na noite dos tempos, com a nossa realidade presente. Claro que se esperar e marcar datas para o fim do mundo e para a segunda vinda de Cristo, bem como uma série de invenções, se atacando igrejas, governos e países é igualmente contraditória. Essas invenções e interpretações limitadas nos deixam perplexos, e cada vez mais pessoas temem ou mesmo desejam um fim, não evoluindo ou se transformando. O Cristo veio para nos transformar, e nada teremos de temer. Para isso um ponto de vista místico e interno nos dá melhor resposta a dita “escatologia”, que na verdade é o retorno para o Pai, e nesse sentido algo bom, mas que exige transformação de natureza e o que se chama em Mateus de “princípio das dores”.






Como vimos nesse estudo, a linguagem da Bíblia é uma linguagem das raízes, simbólica e se referindo a mundo espiritual. Para isso, nos vêm ensinar a cabala, bem como a gnose e a mística. E meras guerras, catástrofes naturais e perseguições não melhoraram a humanidade. O fator deve ser o amor ao próximo, e nesse estaria toda a lei, bem como a adesão ao Criador. Nesse sentido que o ensinado pelo Yeshua (Jesus) em Mateus, fala desses símbolos de transformação espiritual, e atemporal. O Monte das Oliveiras simboliza um elevado plano espiritual. O fim do mundo ocorrerá tanto individualmente, quanto cosmicamente, conforme Max Heindel, e o fim do mundo é o fim da materialidade, conforme Scott. E alguém se pergunta se acabaria tudo? Não ficará pedra sobre pedra. Mas ficará a alma, ou melhor, aquela parte espiritual que se desenvolve, não se confundindo com o corpo astral inferior ou de desejos, estes últimos presentes em algumas sessões espíritas. A fome descrita significa a fome espiritual, e os terremotos são os tremores da saída do espírito do corpo, em abertura de vórtices. As guerras são contra os eus, os egos e personas que nos afastam do caminho de transformação. As nações são os desejos e distrações que nos afastam do Pai Celestial.



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Sobre a ceia, esta além do mistério da eucaristia, guarda ainda um significado esotérico adicional. John Scott, em se referindo ao espírito de Cristo que nos sustenta a vida, e que penetrou na terra após os gólgota, além de ter um cuidado especial com os planetas de nosso sistema solar, bem como simbolizando o vinho a Força Vital. A casa do Pai seria um estado elevado disso. Também Corinne Heline lembra de um sentido alquímico, onde o vinho representa o princípio masculino, e o pão representa o princípio feminino. Cristo ensinava seus discípulos a construírem a pedra filosofal dentro de si mesmos. Desse modo é errôneo quem vê a lei hermética do gênero como marca apenas de outras vertentes, excluindo a cristã. A castidade é uma chave cristã, também. E o lava pés é a limpeza espiritual dos chacras, que muitas vezes sofreram com sentimentos negativos e mesmo a influência do mundo. Um sinal da humildade do iniciado é o lava pés.











Fontes



- Sagrada Bíblia, versão João Ferreira de Almeida, em ebook Microsoft Reader



- Interpretação Esotérica do Evangelho de São Mateus. Por Roberto Gomes da Costa. Fraternidade Rosacruz Max Heindel.



- Estudos Gnósticos sobre a Bíblia Hebraica. Editorial Mória.






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