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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Do corpo incorruptível de Jacó, da igualdade com José, da felicidade como não mandamento, do suficiente, e de Nabucodonosor duplamente perturbado, segundo Midrash



“E José ordenou a seus servos, os médicos, que embalsamassem a seu pai; e os médicos embalsamaram a Israel”. (Gên. 50:2)



“Depois destas coisas disseram a José: veja, teu pai está enfermo”. (Gên. 48:1)



“Disse alguém a Jacó: Eis que José, teu olho, vem ter contigo. E esforçando-se Israel, sentou-se sobre a cama”. (Gên. 48:2)

 

“e El-Shadai vos dê misericórdia diante do homem” (Gên. 43:14)

 

“Pela manhã o seu espírito estava perturbado” (Gên 41:8)

 

“Ora no segundo ano do reinado de Nabucodonozor, teve este uns sonhos; e o seu espírito se perturbou, e passou-se-lhe o sono”. (Dan. 2:1)






Cada vez que a Bíblia se abre mostra um universo. Em colaboração com aqueles que já debruçaram sobre seus mistérios e detalhes, resta assim um telescópio de compreensão. Detalhes ficam ocultos nos números, na pronúncia, equivalência em língua hebraica em diferentes partes da Bíblia. Também personagens que parecem diferentes podem ter grande semelhança, como o Faraó a que interpreta os sonhos José, bem como Nabucodonosor. Também Jacó teria um mistério em seu corpo, após a morte, e uma semelhança grande com José. E muitos acreditam na felicidade como condição para afirmar sua religião, o que gera uma questão.

Uma prática que foi efetuada por José em relação a Jacó, ou seja, seu embalsamamento é muitas vezes passado em branco. A prática era pagã e não aceita na lei mosaica. Mas então porque os filhos de Jacó o embalsamaram, sendo essa uma prática contra a lei? Para a lei judaica se deve permitir que o corpo se decomponha naturalmente, sem impedimentos. Mas no caso, explica o Or Hahaim: “posto que o corpo dos virtuosos perfeitos jamais se decompõem, José temeu que os egípcios, cativados pelos tal fenômeno, chegassem a deificar e idolatrar o corpo de Jacó”. Para salvar assim seu pai dessa desonra, assim ordenando o embalsamamento, para os egípcios acreditarem que esse estado incorrupto do corpo de Jacó se devesse apenas ao embalsamamento. Casos semelhantes ocorreram com santos cristãos, ao longo da história, de seus corpos incorrutíveis.
 
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O capítulo 48 do Gênesis esconde uma numeração que passa despercebida, em não se observando o hebraico. Ensinou assim Gaon de Vilna, que José ao visitar o pai enfermo, Jacó, tirou 59 partes de sua doença. Isso porque a palavra cama, mitah em hebraico soma 59. Pois ensinavam os sábios que quem visita lhe tira a sexagésima parte da doença. E outro ensinamento é que há uma semelhança oculta entre José e Jacó, pois ambos nasceram sobre o mesmo signo zodiacal. A doença estaria no apogeu ao nível 60. Pois a palavra “veja” (nine), soma 60. Assim a enfermidade de Jacó se viu diminuída com a visita de José, numa prova matemática.
 
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Já em tom linguístico, em Gênesis 41:8, o faraó em seu espírito estava perturbado com os seus sonhos, em hebraico vaTipaem. Mas Nabucodonosor, em Daniel 2:1, estava duas vezes perturbado, pois a palavra em hebraico está escrita com dois tau, sendo assim vaTiTpaem. Isso porque o faraó conhecia o sonho e sua interpretação, mas Nabucodonosor não conhecia nem o sonho, e nem a sua interpretação. Assim estava duplamente perturbado porque havia dois tau na palavra perturbado.
 
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Jacó fez uma bênção aos seus filhos, antes desses retornarem para o Egito. Assim disse as palavras divinas El Shadai, traduzidas por Todo Poderoso. O nome se refere a todas as dificuldades que teria passado Jacó ao longo de sua vida. Assim foram suficientes. Pois Shadai significa também “suficiente”. Pois as suas penúrias foram suficientes. E sobre a felicidade, ela não é um mandamento. Isso lembra Jesus (Yeshua) descrito pelo soldado romano, o qual seria visto muitas vezes chorando, mas nenhuma sorrindo. A felicidade pode ajudar a cumprir mandamentos, mas não é um mandamento.






quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Os misteriosos olhos de Léia, bons atos que geram anjos, cobras no poço de José e 22 anos para sonho se realizar


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“Os olhos de Léia eram melancólicos” (Gên. 29:17 - Midrash)



“Léia tinha os olhos enfermos” (idem, João Ferreira)



“Os olhos de Lea era ternos” (idem, Bíblia Hebraica)



“Lia tinha os olhos embaciados” (idem, Ave Maria)



“tinha os olhos tenros” (idem, Dake) (ou fracos, tímidos, suaves, atraentes, relutantes)



“meigos” (idem, Nova Pastoral)



“não tinham brilho” (idem, Novo Mundo)



“E Jacó enviou anjos à sua frente, a seu irmão Esaú” (Gên. 32:4)



“José teve um sonho, que contou a seus irmãos; por isso o odiaram ainda mais”. (Gên. 37:5)



“e tomando-o (José), lançaram-no na cova; mas a cova estava vazia, não havia água nela” (Gên. 37:24)





Cada vez que lemos a Bíblia, notamos mais variantes na sua tradução. Em certos versículos isso pode se ampliar muito, e nos levar a uma duradoura reflexão. Exemplo claro é o versículo de Gênesis referente a irmã de Raquel, a Leia, que teria algo muito misterioso em seu olhar. Também vemos detalhes que são completos por outros livros, ou pela tradição, como o referente a anjos enviados por Jacó a Esaú, que são explicados no escrito judaico Ética dos Pais (ou Pirke Avot). E sobre José, este teria não apenas caído em um poço vazio, mas sobrevivido por milagre neste, por um detalhe significativo. E o sonho de José iria se realizar 22 anos após, de modo que se tem o segredo de que sonhos se realizam em 22 anos.
 
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Sobre Leia, além do evento que ocorreu no engano de Jacó feito por Labão, e mesmo pelo costume oriental que não obrigava qualquer sentido de monogamia, tendo ainda os homens servas, concubinas e o que desejarem, resta mesmo assim o mistério do olhar de Leia. Parece em primeiro momento que em comparação a Raquel, seria sua irmã menos bela, ou com olhar diferente. Leia tinha assim olhos melancólicos. Mas não são talvez apenas olhos tristes, senão a descrição de um temperamento, de uma condição física, maior que um mero juízo estético. Mas outros traduzem como olhos atraentes, meigos. Então Leia não era menos bonita que Raquel. Tristes são as versões de Bíblia Ave Maria e a Novo Mundo, que colocam os olhos como defeituosos ou numa característica negativa. Mas o termo hebraico racot segundo o Midrash é melancólico. Isso porque ela estava destinada a ficar com o perverso Esaú, e por isso seus olhos teriam ficado assim, com aspecto de tristes.
 
 
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E sobre os anjos, diz o livro Ética dos Pais: “Aquele que faz um ato de bem adquire para si um anjo guardião”. Os sábios da Midrash dizem que Jacó enviou literalmente anjos, estes criados pelo cumprimento dos mandamentos (mitzvot). Fato é que nesse sentido que as boas ações protegem, e trazem para si a Presença Divina, ou a Shekiná. Pois Esaú em sua perseguição teria feito até Jacó permitir perturbar os anjos celestiais, para sua urgente ajuda.
 
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E sobre José, há dois fatos relevantes aqui lembrados: que seu sonho se realizou em 22 anos, e que operou um milagre a seu favor no poço. Lembra o Rabi Zalman Sorotzkin em sua obra Oznaim LaTorá que o poço tinha a vantagem de ter passagem para se respirar. Mas por outro lado possuía a desvantagem de ter víboras e escorpiões. Então José teria assim sobrevivido a presença e ataque de cobras e escorpiões, nesse poço onde os irmãos o teriam jogado. E sobre José, ele teria o sonhos com 17 anos, e 30 quando decifrou anjo do faraó, sendo ainda mais 7 anos de abundância e 2 de carência, somando assim o total de 22 anos. Assim seus irmãos o procuraram. Deste modo, os sonhos levam 22 anos para se realizar.

sábado, 14 de novembro de 2015

O Monte Sinai é desprendimento do Moriá, deficiências curadas, dano moral e milagre do silêncio absoluto


 
 
“Todo o povo viu as vozes” (Ex. 20:15 – Midrash)

“vós vistes que do céu falei” (idem – Bíblia Hebraica)

“todo o povo viu o som da buzina” (Bíblia em Aramaico)

“se ele tornar a levantar-se e andar fora sobre o seu bordão, então aquele que o feriu será absolvido; somente lhe pagará o tempo perdido e fará que ele seja completamente curado”. (Ex. 20:19 – Almeida)

“deverá prover-lhe com gastos médicos” (idem, Bíblia em Aramaico)

“Guardai-vos, não subais ao monte, nem toqueis o seu termo; todo aquele que tocar o monte será morto”. (Ex. 19:12)

“E, tendo o Senhor descido sobre o monte Sinai...” (Ex. 19:20)

 
 
 
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Cada vez que se abre o livro da Bíblia se percebe um universo que se desvela. Porque um livro é um novo mundo, ainda mais um livro com lições espirituais. Jesus teve uma vida traçada na Bíblia, naquele messias que era esperado. Moisés foi também conhecido pelo que estava na Bíblia, e mesmo foi autor de muitos livros desta. Também lugares santos foram descritos na Bíblia, como o monte Sinai, onde teria sido entrega as Tábuas da Lei. Ademais, a Bíblia também tem regras variadas, dentre seus 613 mandamentos. E algo especial aconteceu durante a entrega dessas tábuas da lei. Fato é que a sabedoria está para quem a reconhece.

Antes de se revelar aos israelitas, para lhes entregar a Torá, Deus se revelou a todos os povos, se revelando aos descendentes de Esaú e dos Ismaelitas. Assim revela o Midrash. Mas estes anteriores não cumpriram as regras, ao passo que os israelitas disseram em unanimidade: “cumpriremos e estudaremos”. Mas as tábuas da lei foram entregues a Moisés no monte Sinai. Segundo Matthew Henry, em sua Bíblia de Estudo, chama-se Sinai chama-se Sinai pela abundância de arbustos espinhosos que o cobriam, e e era o maior de toda a cadeia de montanhas. Questão que fica, e respondida no Midrash, é de onde surgiu o monte Sinai? O Monte Sinai é um desprendimento do Monte Moriá, o monte onde Abraão ofereceu seu filho Isaac. Disse Deus que tendo em vista isso, é adequado que esse mesmo monte receba seus descendentes a Torá.
 
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Sobre passagens que se referem a ferir escravos, ou mesmo matá-los, há um detalhe muito significativo, que deveria ser estudado em cursos de Direito, onde se fala em espécie de lucros cessantes, ou o que se deixou de ganhar no trabalho, por ferimento, e em gastos médicos. Sobre os gastos médicos, a Bíblia em Aramaico é mais específica, sendo que outras falam meramente em “curado”. Trata-se de indenização completa, muito semelhante a reparação atual dada por tribunais, em nossa justiça. Mas há cinco conceitos hebraicos fundamentais nesse caso: nézek (dano), tzaar (dor física), ripui (gastos com internação, honorário, consultas médicas, médico etc), shevet (lucro cessante), e por fim, bóshet (dano moral). Então o que a tradição oral coloca de acréscimo na escrita é esse detalhe médico, com gastos dele, e o dano moral.

Sobre o povo e Deus falar a eles no monte Sinai, muitas bíblias descrevem e confirmam. Mas houve um milagre e detalhe maior não notado, que está em detalhe: o povo viu as vozes de Deus, ele literalmente viu as palavras. Houve um silêncio absoluto, e assim a superação de leis naturais. O sentido da audição foi literalmente substituído milagrosamente pelo da visão. Não se trata de mera parábola ou figura de linguagem, mas de realidade. Isso está descrito no Midrash. Também a Bíblia em Aramaico, ou Targum, fala que o povo viu o som das buzinas.
 
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E sobre os deficientes, ao sair no êxodo, o povo hebreu tinha algumas deficiências por causa dos trabalhos escravos no Egito. Pois por trabalhar com tijolos, estes caiam de alturas e acabavam por amputar uma mão ou pé. Mas vendo isso Deus, antes da entrega das tábuas da lei no Sinai, enviou anjos servidores, e disse: “Devo curar-lhes antes de que recebam a Torá”. Assim todos foram curados.