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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

COMENTÁRIOS A APOCALIPSE 7


 
 
7



1 Depois disto vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma. 2 E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, tendo o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, quem fora dado que danificassem a terra e o mar, 3 dizendo: Não danifiques a terra, nem o mar, nem as árvores, até que selemos na sua fronte os servos do nosso Deus. 4 E ouvi o número dos que foram assinalados com o selo, cento e quarenta e quatro mil de todas as tribos dos filhos de Israel: 5 da tribo de Judá havia doze mil assinalados; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade, doze mil; 6 da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manassés, doze mil; 7 da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; 8 da tribo de Zabulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamim, doze mil assinalados.


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COMENTÁRIO: Os quatro arcanjos, Gabriel, Miguel, Rafael e Uriel, que são espíritos dos 4 elementos, água, ar, fogo e terra, e daí dos 4 pontos cardeais. Esses quatro anjos são uma referência a esfinge, que representa os 4 elementos, e que seria o querub ou querubim que guardam a entrada do paraíso, ou melhor, que estaria de fora, ou no inferno-purgatório. Aqui se fala dos 144000 de Israel, e as 12 tribos são uma referência clara as 12 constelações, por onde passam os 7 planetas, bem como a 12 centros energéticos que rodeiam a coluna dorsal. Já comentei que 144=1+4+4=9, e esse nove é igual a ADM, ou Adão, o homem primordial, Adão Kadmon, um arquétipo ou modelo da humanidade. Assim a interpretação da humanidade salva. O sinal na fronte é o sinal da cruz, o Tau, que assim estaria como uma marca de Deus em seus fiéis, ou justos. Diz-se que em imagens Santo Antão era representado com esse sinal. Também os doze mil assinalados em cada uma das 12 tribos se refere aos 12 centros energéticos que estão na espinha dorsal. Assim cada uma delas regeria certos órgãos do corpo, e certas glândulas. Também se começa por tribo que representa a pineal, como Judá, de Rúben o pâncreas, de Aser o cérebro em hemisfério esquerdo, de Neftali o sacro, de Manassés a tireoide, de Simeão o hemisfério direito do cérebro, de Levi o apêndice, de Issacar o amor e ódio, de Zabulom as glândulas sexuais e de José o sistema simpático. Em Jorge Adoum há mais analogias ainda, revelando esse mistério em sua amplitude. A Igreja também usa o símbolo das duas chaves em cruz, e vemos muitos símbolos que entram aqui. Também cruz representa a matéria, e assim o Cristo crucificado na mesma. Seitas e religiões colocam o número de 144000 como proveniente de seus integrantes, e apenas estes salvos. Mas como vemos em Apocalipse, sempre há um grande simbolismo que requer maior interpretação, seja com chave da cabala, seja com detalhes gnósticos ou mesmo místicos, a fim de não se cair em erros. Sobre a marca, a mesma pode simbolizar também a glândula pineal (olho de Hórus), onde se manifesta um poder divino, bem como as linhas da fisiognomia, no rosto, que revelariam as marcas e linhas da providência, e de seus escolhidos. Esse sinal ou tau representa por claro também a árvore da vida. A cruz cabalística é feita com base em esferas da árvore da vida, um gráfico representante de emanações divinas, em suas esferas ou sefirot. Mas o selo dos assinalados é uma cruz, ou o ato de gesticular esse símbolo. Mas esse é o provável sinal dos que foram assinalados com selo (da cruz).
 
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9 Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos; 10 e clamavam com grande voz: Salvação ao nosso Deus, que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro. 11 E todos os anjos estavam em pé ao redor do trono e dos anciãos e dos quatro seres viventes, e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus, 12 dizendo: Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém. 13 E um dos anciãos me perguntou: Estes que trajam as compridas vestes brancas, quem são eles e donde vieram? 14 Respondi-lhe: Meu Senhor, tu sabes. Disse-me ele: Estes são os que vêm da grande tribulação, e levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. 15 Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que está assentado sobre o trono estenderá o seu tabernáculo sobre eles. 16 Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem cairá sobre eles o sol, nem calor algum; 17 porque o Cordeiro que está no meio, diante do trono, os apascentará e os conduzirá às fontes das águas da vida; e Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.
 
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COMENTÁRIO: Uma vez não mais preso ao corpo de desejos, e mesmo a parte material, e vestido com um novo corpo, o corpo glorioso, o homem não sentirá mais dor, fome, calor, sede etc. As vestes brancas são essas vestimentas, das quais o Adão ficou nu quando pecou. Essa vestimenta “branca” dava inclusive a possibilidade de não se conhecer a morte, bem como de se viver no Jardim do Éden ou paraíso. É a aura pura e imaculada. É o encontro de Nirvana. Mas isso não é tanto espiritual, mas deve se assemelhar ao nosso mundo, apenas sendo perfeito. A Seicho-no-iê fala de um mundo perfeito, que é o mundo de Deus, sendo o mundo de Jissô, da imagem verdadeira. Assim nesse mundo de imagem e semelhança de Deus, e não nosso mundo, que já revela um pecado e uma natureza corrompida, passageira e mortal. As águas da vida se refere a aquelas do Éden, bem como a de um mundo de elevados planos astrais, onde há a proximidade com o Pai Celeste. Esse corpo glorioso é um corpo solar, imitando assim Cristo em sua natureza, se fazendo semelhante ao Filho do Homem. O Reino dos Céus, tão prometido, mesmo a verdadeira terra prometida, de leite e mel.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Os mistérios do Natal



Comemoramos com alegria o nascimento de Jesus e em cada ano trocamos presentes e sorrisos com aqueles que amamos. Em meio a festas e ao próprio feriado, que muitos curtem em viagens, praia ou mesmo em visita a entes queridos, há o motivo principal. Esse motivo é o próprio Natal. Mas até onde sabemos do nascimento de Jesus e até onde isso tudo é carregado de tradições? O menino Jesus é talvez ainda pouco conhecido, restando informações que muitas vezes são pouco comentadas. Vejamos.

Sobre a data do nascimento, nada se sabe, restando tradições que foram transmitidas por seitas e mesmo pela Igreja. Mas as primeiras celebrações não eram em 25 de Dezembro. A data que se inicialmente era comemorada era 6 de Janeiro. Somente no século 4, com Papa Libério, que a data mudou para 25 de Dezembro. Isso não foi para comemorar a festa pagã de Sol Invicto, nem da Saturnalia, festa a Saturno, mas sim para que cristãos tivessem sua própria festa nessa data. Isso depois aconteceu com deusas locais, que depois foram substituídas por Nossa Senhora, do mesmo modo. Comemorar uma data cristã no lugar da pagã seria favorável.
 
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Sobre o nascimento de uma virgem, Jesus não foi o único que se atribuiu essa qualidade. Já antes Hórus egípcio, Krishna indiano, e mesmo o rei Ciro da Pérsia, também Adonis, ou o filósofo grego Platão. Não apenas em velho mundo, mas no novo, os maias tiveram um Deus chamado Zama, e na Tailândia teve um deus de nome Codom, com essa qualidade.
 
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No que se refere a local de nascimento, não se nega que o foi em Belém, mas mais porque o messias salvador teria de nascer lá. Também nem todos falam que teria nascido em manjedoura. Mateus falou que ele teria nascido em uma casa. Ademais, há uma tradição referente a escritos arqueológicos achados no Mar Morto, que Jesus teria nascido em uma gruta, da seita dos essênios. Eles acreditavam que seria uma reencarnação de um dos seus antigos chefes, um Mestre da Retidão.
 

Sobre a estrela de Belém há muitas versões. Há quem diga até que era um disco voador. Mas tudo indica que foi um fenômeno natural e astronômico, uma aparição helíaca, de Júpiter ou mesmo de Sírios. Fato é que os magos acabavam profetizando quando aparecia também um cometa, anunciando a vinda de um avatar salvador. Os reis magos teriam assim seguido esse evento e chegado até o menino Jesus, talvez em data um pouco posterior ao seu nascimento.
 
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Também se levar em conta os evangelhos achado por arqueologias, em momento posterior aos canônicos, o menino Jesus já realizava milagres. Teria assim curado e até amaldiçoado, participado de outros eventos extraordinários, como de fazer voar pássaros de barro. Ainda, o menino Jesus teria estudado no Egito, e sua mãe falava o aramaico. E Jesus certamente sabia muito sobre o Torá, texto sagrado judeu, que é parte de nosso Antigo Testamento, ou o pentateuco, e por isso discutiu com os mestres aos seus 12 anos, porque tinha formação nesse sentido, e educação. E Jesus teria sido também educado pelos essênios, os quais tinham o costume de batismo e de uma ceia santa.
 

Mas lembrando sobre São Nicolau, que podemos comparar ao Papai Noel, o mesmo na Alemanha tinha um competidor. Para as crianças mal educadas havia o Krampus, espécie de Papai Noel maligno ou demoníaco que as sequestraria, se fossem malcriadas. Jovens usam máscaras de madeira comemorando Krampus no dia 5 de Dezembro.

Fato é que o Natal nos rende sempre alegria e uma luz inegável. E é melhor comemorar o nascimento de Jesus, que ficar procurando defeitos na fé alheia. O Natal mesmo assim deve ser comemorado, e sempre reverenciado o Senhor Jesus, nosso mestre e inspirador de uma vida de conversão e transformação. E assim podemos por fim renascer na estrela de Belém.


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

OS 10 MANDAMENTOS

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O tema dos 10 mandamentos ainda desperta grande curiosidade. Com recentes produções televisivas e cinematográficas, ocorre sempre a busca de se saber mais sobre o tema, ou mesmo de se esperar um efeito especial, como da abertura do Mar Vermelho. Fato é que essa lei teria sido recebida por Moisés no monte Sião, e ainda ouvida por 600000 pessoas, diretamente de Deus. Também detalhe que não é a totalidade de mandamentos para os judeus, que seria 613 mandamentos. Isso resultou de um êxodo do Egito, onde o povo hebreu era supostamente escravizado. Também foi mais um resultado da fé do que de provas históricas, e em muito se soma a uma mitificação. Mas já escrevi em quatro livros sobre a Bíblia detalhes que acrescentam informações pela tradição oral, a respeito dos acontecimentos relatados em produções cinematográficas e mesmo no livro sagrado. Em hebraico, mandamentos se chamam mitzvot. Um bebê judeu faria o juramento para Deus já no ventre com respeito aos mandamentos.



Tábuas da Lei



Um dos dois Talmudes diz que o mundo teria em torno de 6000 anos, e, que 2000 seriam de caos, 2000 de império da Lei e 2000 antecederiam o Messias. Também há um comentário dos sábios judeus que as pedras da Lei de Moisés teriam 6 palmos por 6 de tamanho. Junto às tábuas da Lei estava a cabala, que foi passada por tradição oral.



Existe a Lei oral



Moisés recebeu no monte Sinai as tábuas da Lei (Torá), os mandamentos, a Mishna, o Talmud e até mesmo o Zohar. Usar apenas da Torá escrita seria temeroso, e se deve assim buscar a opinião dos sábios, que perpetuaram aquela tradição oral que se reveste de suma importância para entender o que está escrito. Jesus possivelmente conhecia todas essas coisas, e por isso ensina bem além do que se acha no texto do Antigo Testamento.



Tem de se ver a razão da Lei



Vemos muitas vezes que as regras necessitam de interpretação, e que apenas sua boa interpretação que leva a efetividade. Temos assim de encontrar a razão dessas leis, sua ratio legis, de tal modo que no caso do que temos na Bíblia, não é diferente. Parece que o cerne dessas regras constantes no livro de Levítico é de separar a nação de Israel, escolhida, daqueles povos pagãos, que cultuavam outros deuses, ou melhor, da idolatria. Conhecemos essas regras especialmente pelos 10 mandamentos, apesar de que lembramos que em verdade para a humanidade, ou filhos de Noé, são 7 mandamentos, e que para judeus são 613. Isso ainda inclui a tradição oral, o Talmude e uma série de detalhes, como os ensinados pelo mestre Yehoshua (Jesus), como amar ao próximo como a si mesmo, lição já presente nos Salmos. Ademais, para judeus são duas classes de mandamentos: 1 – Mishpatim, que são os mandamentos racionais e lógicos; 2 – Juquim, que são os mandamentos oriundos da Sabedoria Divina, acima da razão.



Há quem fale em 11 mandamentos



Sobre os mandamentos, existe no Salmo 15 a referência a esses 11 mandamentos como fundamentos de todos os demais, ou seja, dos 613. E a palavra Torá soma 611, sendo que +2, aqueles ditos pela Voz Celestial, seriam iguais a 613. Já, por fim, em Deuteronômio 27:11 e segs., se fala nas 11 maldições que eram declaradas frente ao monte Eval.



Solucionar mandamentos e não violar



A passagem de Mateus 5:19 onde se diz ou traduz “violar um desses mandamentos”, na verdade em grego está iyein, que em latim fica solvere. Assim, significa solucionar. Deve o cristão então solucionar os mandamentos.



Justos guardam mandamentos pois juraram guardar




Os justos guardam mandamentos porque juraram os guardar, antes do nascimento, já no ventre da mãe, conforme ensinam os chassidistas.




(Trechos citados de meus livros sobre a Bíblia: Bíblia e Misticismo, Bíblia e Tradição Oral, A Bíblia Esotérica e Bíblia e Mistérios, de editora Clube de Autores)

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Do corpo incorruptível de Jacó, da igualdade com José, da felicidade como não mandamento, do suficiente, e de Nabucodonosor duplamente perturbado, segundo Midrash



“E José ordenou a seus servos, os médicos, que embalsamassem a seu pai; e os médicos embalsamaram a Israel”. (Gên. 50:2)



“Depois destas coisas disseram a José: veja, teu pai está enfermo”. (Gên. 48:1)



“Disse alguém a Jacó: Eis que José, teu olho, vem ter contigo. E esforçando-se Israel, sentou-se sobre a cama”. (Gên. 48:2)

 

“e El-Shadai vos dê misericórdia diante do homem” (Gên. 43:14)

 

“Pela manhã o seu espírito estava perturbado” (Gên 41:8)

 

“Ora no segundo ano do reinado de Nabucodonozor, teve este uns sonhos; e o seu espírito se perturbou, e passou-se-lhe o sono”. (Dan. 2:1)






Cada vez que a Bíblia se abre mostra um universo. Em colaboração com aqueles que já debruçaram sobre seus mistérios e detalhes, resta assim um telescópio de compreensão. Detalhes ficam ocultos nos números, na pronúncia, equivalência em língua hebraica em diferentes partes da Bíblia. Também personagens que parecem diferentes podem ter grande semelhança, como o Faraó a que interpreta os sonhos José, bem como Nabucodonosor. Também Jacó teria um mistério em seu corpo, após a morte, e uma semelhança grande com José. E muitos acreditam na felicidade como condição para afirmar sua religião, o que gera uma questão.

Uma prática que foi efetuada por José em relação a Jacó, ou seja, seu embalsamamento é muitas vezes passado em branco. A prática era pagã e não aceita na lei mosaica. Mas então porque os filhos de Jacó o embalsamaram, sendo essa uma prática contra a lei? Para a lei judaica se deve permitir que o corpo se decomponha naturalmente, sem impedimentos. Mas no caso, explica o Or Hahaim: “posto que o corpo dos virtuosos perfeitos jamais se decompõem, José temeu que os egípcios, cativados pelos tal fenômeno, chegassem a deificar e idolatrar o corpo de Jacó”. Para salvar assim seu pai dessa desonra, assim ordenando o embalsamamento, para os egípcios acreditarem que esse estado incorrupto do corpo de Jacó se devesse apenas ao embalsamamento. Casos semelhantes ocorreram com santos cristãos, ao longo da história, de seus corpos incorrutíveis.
 
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O capítulo 48 do Gênesis esconde uma numeração que passa despercebida, em não se observando o hebraico. Ensinou assim Gaon de Vilna, que José ao visitar o pai enfermo, Jacó, tirou 59 partes de sua doença. Isso porque a palavra cama, mitah em hebraico soma 59. Pois ensinavam os sábios que quem visita lhe tira a sexagésima parte da doença. E outro ensinamento é que há uma semelhança oculta entre José e Jacó, pois ambos nasceram sobre o mesmo signo zodiacal. A doença estaria no apogeu ao nível 60. Pois a palavra “veja” (nine), soma 60. Assim a enfermidade de Jacó se viu diminuída com a visita de José, numa prova matemática.
 
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Já em tom linguístico, em Gênesis 41:8, o faraó em seu espírito estava perturbado com os seus sonhos, em hebraico vaTipaem. Mas Nabucodonosor, em Daniel 2:1, estava duas vezes perturbado, pois a palavra em hebraico está escrita com dois tau, sendo assim vaTiTpaem. Isso porque o faraó conhecia o sonho e sua interpretação, mas Nabucodonosor não conhecia nem o sonho, e nem a sua interpretação. Assim estava duplamente perturbado porque havia dois tau na palavra perturbado.
 
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Jacó fez uma bênção aos seus filhos, antes desses retornarem para o Egito. Assim disse as palavras divinas El Shadai, traduzidas por Todo Poderoso. O nome se refere a todas as dificuldades que teria passado Jacó ao longo de sua vida. Assim foram suficientes. Pois Shadai significa também “suficiente”. Pois as suas penúrias foram suficientes. E sobre a felicidade, ela não é um mandamento. Isso lembra Jesus (Yeshua) descrito pelo soldado romano, o qual seria visto muitas vezes chorando, mas nenhuma sorrindo. A felicidade pode ajudar a cumprir mandamentos, mas não é um mandamento.






quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Os misteriosos olhos de Léia, bons atos que geram anjos, cobras no poço de José e 22 anos para sonho se realizar


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“Os olhos de Léia eram melancólicos” (Gên. 29:17 - Midrash)



“Léia tinha os olhos enfermos” (idem, João Ferreira)



“Os olhos de Lea era ternos” (idem, Bíblia Hebraica)



“Lia tinha os olhos embaciados” (idem, Ave Maria)



“tinha os olhos tenros” (idem, Dake) (ou fracos, tímidos, suaves, atraentes, relutantes)



“meigos” (idem, Nova Pastoral)



“não tinham brilho” (idem, Novo Mundo)



“E Jacó enviou anjos à sua frente, a seu irmão Esaú” (Gên. 32:4)



“José teve um sonho, que contou a seus irmãos; por isso o odiaram ainda mais”. (Gên. 37:5)



“e tomando-o (José), lançaram-no na cova; mas a cova estava vazia, não havia água nela” (Gên. 37:24)





Cada vez que lemos a Bíblia, notamos mais variantes na sua tradução. Em certos versículos isso pode se ampliar muito, e nos levar a uma duradoura reflexão. Exemplo claro é o versículo de Gênesis referente a irmã de Raquel, a Leia, que teria algo muito misterioso em seu olhar. Também vemos detalhes que são completos por outros livros, ou pela tradição, como o referente a anjos enviados por Jacó a Esaú, que são explicados no escrito judaico Ética dos Pais (ou Pirke Avot). E sobre José, este teria não apenas caído em um poço vazio, mas sobrevivido por milagre neste, por um detalhe significativo. E o sonho de José iria se realizar 22 anos após, de modo que se tem o segredo de que sonhos se realizam em 22 anos.
 
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Sobre Leia, além do evento que ocorreu no engano de Jacó feito por Labão, e mesmo pelo costume oriental que não obrigava qualquer sentido de monogamia, tendo ainda os homens servas, concubinas e o que desejarem, resta mesmo assim o mistério do olhar de Leia. Parece em primeiro momento que em comparação a Raquel, seria sua irmã menos bela, ou com olhar diferente. Leia tinha assim olhos melancólicos. Mas não são talvez apenas olhos tristes, senão a descrição de um temperamento, de uma condição física, maior que um mero juízo estético. Mas outros traduzem como olhos atraentes, meigos. Então Leia não era menos bonita que Raquel. Tristes são as versões de Bíblia Ave Maria e a Novo Mundo, que colocam os olhos como defeituosos ou numa característica negativa. Mas o termo hebraico racot segundo o Midrash é melancólico. Isso porque ela estava destinada a ficar com o perverso Esaú, e por isso seus olhos teriam ficado assim, com aspecto de tristes.
 
 
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E sobre os anjos, diz o livro Ética dos Pais: “Aquele que faz um ato de bem adquire para si um anjo guardião”. Os sábios da Midrash dizem que Jacó enviou literalmente anjos, estes criados pelo cumprimento dos mandamentos (mitzvot). Fato é que nesse sentido que as boas ações protegem, e trazem para si a Presença Divina, ou a Shekiná. Pois Esaú em sua perseguição teria feito até Jacó permitir perturbar os anjos celestiais, para sua urgente ajuda.
 
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E sobre José, há dois fatos relevantes aqui lembrados: que seu sonho se realizou em 22 anos, e que operou um milagre a seu favor no poço. Lembra o Rabi Zalman Sorotzkin em sua obra Oznaim LaTorá que o poço tinha a vantagem de ter passagem para se respirar. Mas por outro lado possuía a desvantagem de ter víboras e escorpiões. Então José teria assim sobrevivido a presença e ataque de cobras e escorpiões, nesse poço onde os irmãos o teriam jogado. E sobre José, ele teria o sonhos com 17 anos, e 30 quando decifrou anjo do faraó, sendo ainda mais 7 anos de abundância e 2 de carência, somando assim o total de 22 anos. Assim seus irmãos o procuraram. Deste modo, os sonhos levam 22 anos para se realizar.

sábado, 14 de novembro de 2015

O Monte Sinai é desprendimento do Moriá, deficiências curadas, dano moral e milagre do silêncio absoluto


 
 
“Todo o povo viu as vozes” (Ex. 20:15 – Midrash)

“vós vistes que do céu falei” (idem – Bíblia Hebraica)

“todo o povo viu o som da buzina” (Bíblia em Aramaico)

“se ele tornar a levantar-se e andar fora sobre o seu bordão, então aquele que o feriu será absolvido; somente lhe pagará o tempo perdido e fará que ele seja completamente curado”. (Ex. 20:19 – Almeida)

“deverá prover-lhe com gastos médicos” (idem, Bíblia em Aramaico)

“Guardai-vos, não subais ao monte, nem toqueis o seu termo; todo aquele que tocar o monte será morto”. (Ex. 19:12)

“E, tendo o Senhor descido sobre o monte Sinai...” (Ex. 19:20)

 
 
 
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Cada vez que se abre o livro da Bíblia se percebe um universo que se desvela. Porque um livro é um novo mundo, ainda mais um livro com lições espirituais. Jesus teve uma vida traçada na Bíblia, naquele messias que era esperado. Moisés foi também conhecido pelo que estava na Bíblia, e mesmo foi autor de muitos livros desta. Também lugares santos foram descritos na Bíblia, como o monte Sinai, onde teria sido entrega as Tábuas da Lei. Ademais, a Bíblia também tem regras variadas, dentre seus 613 mandamentos. E algo especial aconteceu durante a entrega dessas tábuas da lei. Fato é que a sabedoria está para quem a reconhece.

Antes de se revelar aos israelitas, para lhes entregar a Torá, Deus se revelou a todos os povos, se revelando aos descendentes de Esaú e dos Ismaelitas. Assim revela o Midrash. Mas estes anteriores não cumpriram as regras, ao passo que os israelitas disseram em unanimidade: “cumpriremos e estudaremos”. Mas as tábuas da lei foram entregues a Moisés no monte Sinai. Segundo Matthew Henry, em sua Bíblia de Estudo, chama-se Sinai chama-se Sinai pela abundância de arbustos espinhosos que o cobriam, e e era o maior de toda a cadeia de montanhas. Questão que fica, e respondida no Midrash, é de onde surgiu o monte Sinai? O Monte Sinai é um desprendimento do Monte Moriá, o monte onde Abraão ofereceu seu filho Isaac. Disse Deus que tendo em vista isso, é adequado que esse mesmo monte receba seus descendentes a Torá.
 
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Sobre passagens que se referem a ferir escravos, ou mesmo matá-los, há um detalhe muito significativo, que deveria ser estudado em cursos de Direito, onde se fala em espécie de lucros cessantes, ou o que se deixou de ganhar no trabalho, por ferimento, e em gastos médicos. Sobre os gastos médicos, a Bíblia em Aramaico é mais específica, sendo que outras falam meramente em “curado”. Trata-se de indenização completa, muito semelhante a reparação atual dada por tribunais, em nossa justiça. Mas há cinco conceitos hebraicos fundamentais nesse caso: nézek (dano), tzaar (dor física), ripui (gastos com internação, honorário, consultas médicas, médico etc), shevet (lucro cessante), e por fim, bóshet (dano moral). Então o que a tradição oral coloca de acréscimo na escrita é esse detalhe médico, com gastos dele, e o dano moral.

Sobre o povo e Deus falar a eles no monte Sinai, muitas bíblias descrevem e confirmam. Mas houve um milagre e detalhe maior não notado, que está em detalhe: o povo viu as vozes de Deus, ele literalmente viu as palavras. Houve um silêncio absoluto, e assim a superação de leis naturais. O sentido da audição foi literalmente substituído milagrosamente pelo da visão. Não se trata de mera parábola ou figura de linguagem, mas de realidade. Isso está descrito no Midrash. Também a Bíblia em Aramaico, ou Targum, fala que o povo viu o som das buzinas.
 
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E sobre os deficientes, ao sair no êxodo, o povo hebreu tinha algumas deficiências por causa dos trabalhos escravos no Egito. Pois por trabalhar com tijolos, estes caiam de alturas e acabavam por amputar uma mão ou pé. Mas vendo isso Deus, antes da entrega das tábuas da lei no Sinai, enviou anjos servidores, e disse: “Devo curar-lhes antes de que recebam a Torá”. Assim todos foram curados.




domingo, 25 de outubro de 2015

Diversas aparências do Senhor, os 7 nomes de Jetro, honrar os pais é não os assassinar e trabalhos forçados no Egito segundos os sábios


 
 
 
“Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim”. (Ex 20:2)



“Por isso os egípcios faziam os filhos de Israel servir com dureza” (Ex 1:13) – Almeida

“servir com rigor” - Hebraica e Onkelos

“com brutalidade, os fizeram servir” - Nova Pastoral

“trabalhar como escravos sob tirania” - Novo Mundo



“Ora Jetro, sacerdote de Midiã, sogro de Moisés, ouviu todas as coisas que Deus tinha feito a Moisés e a Israel, seu povo, como o Senhor tinha tirado a Israel do Egito”. (Ex 18:1)



“Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá”. (Ex 20:12)





Lendo comentários dos sábios judeus sobre o livro de Êxodo, em hebraico Shemot, observei certos detalhes que a tradição ensina e que amplia o significado de determinados versículos. Desse modo, cada designação interpreta e reinterpreta a seu modo, colocando no texto o que originalmente não possui. Observa-se assim na Bíblia Hebraica uma maior fidelidade nesse sentido, levando-se em conta as lições de Talmude, Rashi e de Targum, a Bíblia em Aramaico. Aqui selecionei passagens comentadas sobre a aparência do Senhor, os trabalhos forçados dos hebreus no Egito, o sogro de Moisés, Jetro e sobre honrar pai e mãe, segundo Midrash e chassidismo, ou os sábios.
 

Pouco se fala sobre a aparência de Deus, sendo que em certas passagens se lembra que quem olhar sua face morreria, e Moisés teria visto e ficado com a face iluminada, parecendo possuir chifres etc. Mas em comentários dos sábios, se lembra que o Senhor apareceu a Salomão sobre a aparência de um jovem, para Daniel como um ancião misericordioso. Isso tudo revela que apesar de Deus ter diversas aparências, Este mesmo assim É único. Isso é meramente visto como teofanias e anjos muitas vezes, mas se trata do Senhor. O mesmo que se revela no Monte Sinai e em todo o lugar.
 
 

A respeito dos trabalhos forçados a que os hebreus eram submetidos no Egito, na verdade há uma distinção e detalhe lembrado pelos sábios, que é diferente da escravidão. Certas bíblias colocam inclusive detalhes de modo de governo, como a tirania etc. Mas no talmude e mesmo no Midrash se fala de algo diferente. Na verdade o trabalho forçado da primeira parte desse versículo se refere a trabalho de mulher. Os homens foram obrigados a fazer trabalho de mulher. Pois a expressão hebraica befareh, trabalhos forçados, que é análoga a mefarhiata, em aramaico, que é em hebraico taafuhot, que significa palavras invertidas. Em 2:12 está então “um homem fala palavras invertidas”. Assim os egípcios inverteram a ordem natural dos trabalhos, sendo que homens fizertam trabalhos de mulheres e mulheres de homens.
 

Sobre Jetro, sabe-se que ele era o sogro de Moisés, e um sacerdote de Midiã etc. Mas Rashi lembra, com base no Midrash, que Jetro possuía sete nomes: Reuel, Ieter, Jever, Keni e Putiel. Outras ressalvas ficam em críticas que Jetro fez a Moisés, como a de não estar tratando bem o seu povo e com sugestões a respeito de justiça, oferecendo soluções práticas e concretas nas falhas de sistema.

Por último, sobre honrar pais e mãe é uma regra tristemente pouco aplicada em nosso tempo, e cada vez mais se observa idosos abandonados, brigas familiares por causa de bens e herança, internações em asilos e assim vai. Em culturas asiáticas e africanas há um repeito pelos velhos. Mas aqui lembra o sábio judeus que é mais grave do que parece abandonar ou não honrar os pais. O rabi Eliezer cita um exemplo que um pai que toma uma bolsa cheia de moedas de ouro e a joga ao mar, observado pelo filho. O filho nesse caso não deve reprovar o pai. Assim, no caso de se ter os pais passando dificuldades e não os alimentar, comete assassinato. Por isso a frase continua em versículo, “não cometerás assassinato”. Pois nessa situação para Deus é como cometer assassinato.









sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O braço milagroso que salvou Moisés, morte dos 4/5 de judeus no Egito, o milagre dos gafanhotos e o mandamento do trabalho de acordo com Midrash


 
 
 
“A filha de Faraó desceu para banhar-se no rio, e as suas criadas passeavam à beira do rio. Vendo ela a arca no meio os juncos, mandou a sua criada buscá-la”. (Ex. 2:5)



“Subiram, pois, os gafanhotos sobre toda a terra do Egito e pousaram sobre todos os seus termos; tão numerosos foram, que antes destes nunca houve tantos, nem depois deles haverá”. (Ex. 10:14)



“Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho” (Ex. 20:9)






A Bíblia parece ser simples quando se apenas lê de forma iniciante. Mas com uma maior interpretação, observando o que disseram os sábios e justos, resta que muito se descobre. Assim mais uma vez o Midrash traz luz a compreensão maior. Assim aqui selecionei alguns versículos do Êxodo, que o nome verdadeiro é Shemot, que significa “nomes” em hebraico. Já de começo, vê-se que um milagre ou fato extraordinário sobre Moisés foi pouco lembrado, e foi assim salvo com seu cesto ou arca. Também dos dez milagres do Egito, um fato referente aos gafanhotos supera a mera ação destes. Sobre o Sábado muitos sabem que ele tem seu aspecto sagrado, de descanso, mas esquecem que nos outros dias é mandamento trabalhar.
 

Por um erro de tradução se colocou criada, ou ama, de modo que falou-se que esta buscou o bebê, no caso Moisés no cesto de junco, ou papiro, ou arca, como já tratamos noutros livros. Mas essa palavra hebraica para servente significa na verdade braço, como recorda Rashi e os sábios da Mishna. Então não houve servente nenhuma a salvar o menino, mas foi o braço mesmo da filha do Faraó que o fez. Mas até aí alguém acharia normal. Porém algo milagroso aconteceu. O braço dela se esticou por vários côvados, e assim salvou milagrosamente o menino. E isso que o versículo em sentido alegórico quer dizer, além do literal.

Sobre as dez pragas do Egito, ou melhor, dez milagres, todos sabem dos piolhos, das rãs etc. O versículo deixa alguns detalhes sobre os gafanhoto. Eram mais do que nunca pois eram todos os gafanhotos, inclusive os mortos despertaram e coaram para formar essa nuvem. E mais ainda. Um fato milagroso que os sábios lembram a respeito deles. Mesmo aqueles que estavam nas panelas ou nos barris de salmoura, já para a refeição, despertaram e voaram, saindo da terra do Egito, para evitar que estes ainda tirassem um proveito destes. Essa a lição de Rabi Iohanan. E ainda no Egito, após as pragas nem todos os hebreus ficaram salvos para o êxodo. Quatro quintos (4/5) sucumbiram junto aos egípcios, pois eram perversos.
 
 
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Sobre o Sábado muitas igrejas guardam, muitos falam e dizem ser obrigatório, outros sobre o domingo e assim por diante. Mas ninguém fala que o trabalho dos seis dias é mandamento. Pois diz claro no versículo: “seis dias trabalharás”, em sentido de ordem. Não diz que se trabalhe quando quiser, e ainda se tem um dia sagrado e reservado. Assim o trabalho é mais um mandamento, dentre aqueles 613 a que segue o povo judeu. Já a humanidade tem 7 mandamentos, a que chamam de mandamentos de Noé. Então apesar dos mandamentos muitos se referirem a costumes, apenas os 7 seriam para a humanidade. Mas trabalhar seis dias é mais do que digno ou honroso, é cumprir a vontade de Deus.