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domingo, 11 de dezembro de 2011

Aspectos místicos do Natal

Aspectos místicos do Natal



“Ora, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. E, entrando o anjo onde ela estava disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo. Ela, porém, ao ouvir estas palavras, turbou-se muito e pôs-se a pensar que saudação seria essa. Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai; e reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim” (Lucas 1: 26-33).


            No dia 25 de Dezembro vemos o tempo da luz, da vida e do amor.  Do ponto de vista cósmico o Cristo-Solar nasce no signo de virgo (de uma Virgem) e caminha na noite mais escura do ano no hemisfério norte, a que antigos chamavam de solstício de inverno, sendo Ele a luz do mundo, que supera as dificuldades do inverno e sempre retorna com a fertilidade e boa colheita a cada ano. Nasce assim de forma imaculada, sem nenhum pecado. Comparando a isso existiam uma série de cultos e que tiveram a data de 25 de Dezembro como o nascimento de seus mestres (deuses como Krishna na Índia, Hórus no Egito, Buda, Zoroastro no Irã, Mitra e tantos outros), anunciando assim  a salvação de cada Era, presentemente com o maior que conhecemos, Jesus, o Cristo, ou Yeschouá.
         Sobre Jesus histórico, não sabemos da data de seu nascimento. Mas muitos dizem que a Igreja usou a data com base na comemoração do Deus romano “Invicto”, o que é apenas suposição, tendo em vista o que vemos sobre a antiguidade da data e aspecto comum em várias nações e crenças. Mas Cristo é crucificado no Equador, e assim o aspecto cósmico ganha ainda mais símbolos. Nasceu assim Jesus quando havia uma treva espiritual, em meio a descrenças e poderes cada vez mais desumanizadores e para revelar o Novo Adão, o Novo Homem que estava por surgir, o qual se pautaria nos seus elevados preceitos morais, antes apenas compreendidos por raros filósofos e iniciados, agora disponíveis a todos os que “buscam” a reintegração com Deus, e a encontram pelo batismo (nas águas que purificam e transformam, na mãe celeste, Virgem Maria, Biná da cabala). Também em Cristo Cósmico vemos o signo estelar de Áries, o cordeiro de Deus, mais uma vez sacrificado no mundo, para a remissão dos pecados e da queda (da esfera cabalística do Reino, que antes estava próxima ao Grande Rosto, a presença do Senhor Pai, Hockmah/Sabedoria da cabala, que caiu de uma esfera espiritual para uma esfera material, Assiah).
         O Novo Homem assim renasce e comemora o Natal no seu Cristo Interno, pois é um Cristo em formação. Desta forma, está escrito: “Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, para criar, em si mesmo, dos dois um Novo Homem, assim fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um só corpo, tendo por ela matado a inimizade; e, vindo, ele evangelizou paz a vós que estáveis longe, e paz aos que estavam perto; porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito” (Efésios 2: 13-18). E esse é o caminho do místico martinista, pela oração, caridade e compreensão mística desse mistério.
         Voltando aos símbolos do Natal, temos a árvore, hoje tão adornada com enfeites, bolas e luzes. Essa árvore pode ser entendida como a árvore da vida, descrita no livro do Gênesis bíblico, e seus enfeites deveriam ser em verdade, frutos. Existia no princípio, antes do mercantilismo, as árvores naturais e onde eram colocadas ou maçãs, ou velas, isso muito antigamente. Isso se deu por herança de tradições alemãs, polonesas e inglesas, e com imigrantes que continuavam a sua tradição de cortar alguma árvore para comemorar o Natal, já no Novo Mundo, na América. Da tradição teutônica ou germânica, sabemos que a comemoração da árvore é anterior, e que leva a árvore sagrada do Deus Odin, o maior do panteão nórdico, o Pai, de sabedoria e outras qualidades extraordinárias, e sua árvore Yggdrasil, que faz sombra ao Universo, sendo a “árvore do conhecimento”, uma árvore assim gigante e dos tempos dos gigantes (nos lembra os personagens do tempo de Noé...). Assim sobre as datas comemorativas, lembra um texto martinista do grupo Hermanubis, disponível na Internet: “Se as pessoas fossem um pouco mais curiosas, observariam que absolutamente nenhuma das festas até hoje comemoradas encontram-se nas escrituras sagradas, e quando existe uma festa com o mesmo nome bíblico, não obedece a prescrição de ser comemorada na data determinada.  Por mais que o leitor procure, não encontrará em nenhuma bíblia oficial o dia 25 de Dezembro como data natalícia de Yeschouá o Grande Arquiteto do Universo, ou o dia 31 de Dezembro como um dia que marca para a mudança do ano”. E na Europa anterior ao cristianismo se comemorava a época com fogueiras nas árvores (comemoração do fogo), e com relação as colheitas futuras.
         A estrela que guiou os magos até o mestre era uma marca dos magos, ou mesmo simbolizada por um pentagrama, estrela de 5 pontas ou mesmo um hexagrama, de 6 pontas. Seus presentes também tinham simbologia espiritual. Sobre a data,a igreja oriental celebra em 6 de janeiro. E Lucas que citei no início, foi referido em um censo de Quirino, falado em papiros egípcios. Ainda por correção de calendário, seria o nascimento em data de 5 ou 4 a.C. Belém é ponto comum entre Davi e Jesus, e o nascimento assim de um messias teria de ocorrer nessa localidade, já por profecias.  A estrela de Belém é assim o Místico Sol da Meia-Noite, a que certos místicos se referiam, que nos traz ao mundo os raios de luz, vida e amor. Assim Cristo é Thifaret da cabala, a beleza divina que une todos os outros atributos da Luz Maior do Pai, sendo representante do adepto, centro da árvore da vida. Disse o Rosacruz Max Heindel: “Ao mesmo tempo devemos exaltar Deus em nossas próprias consciências, aceitando a afirmação bíblica de que Ele é espírito e que não podemos tentar representar a Sua imagem, nem retratá-Lo, pois Ele a nada se assemelha, quer nos céus quer na Terra. Podemos ver os veículos de Jeová circulando como satélites em volta de diversos planetas. Também podemos ver o Sol, que é o veículo visível de Cristo. Mas o Sol Invisível, que é o veículo do Pai e fonte de tudo, este só pode ser visto pelos maiores clarividentes e apenas como a oitava superior da fotosfera do Sol, revelando-se como um anel de luminosidade azul-violeta por trás do Sol. Mas nós não precisamos vê-Lo. Podemos sentir Seu amor e essa sensação nunca é tão grande como na época do Natal, quando Ele nos está dando o maior de todos os presentes: o Cristo do novo ano”. 


Fontes

Lucas 1: 26-33

Efésios 2: 13-18

“Interpretação Mística do Natal” – Max Heindel

“ A Tradição e o Calendário Lunar” – Grupo Hermanubis

“Iniciação às Runas” - Ligia Amaral Lima
             
“Manual Bíblico Unger” - Merrill Frederick Unger

“Solstício de Inverno” - Irmão Albertus S. I.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O menino Jesus na infância e seus milagres

          O menino Jesus na infância e seus milagres



Já durante a infância Jesus realizava milagres, inclusive ressuscitou um menino. Curou muitos já em sua infância, como provam os evangelhos ditos apócrifos:
Segundo o Evangelho Apócrifo de Pedro:

XI. A Cura do Menino Endemoninhado

O filho do sacerdote, acometido do mal que o afligia, entrou no albergue insultando José e Maria, já que os outros hóspedes haviam fugido. Como Maria havia lavado as fraldas do Senhor Jesus e as estendera sobre umas madeiras, o menino possuído pegou uma das fraldas e colocou-a sobre sua cabeça. Imediatamente os demônios fugiram, saindo pela boca, e foram vistos sob a forma de corvos e serpentes. O menino foi curado instantaneamente pelo poder de Jesus Cristo e se pôs a louvar o Senhor que o havia libertado e rendeu-lhe mil ações de graça.
Quando seu pai viu que ele havia recobrado a saúde, exclamou, admirado:

   Meu filho, mas o que te aconteceu e como foste tu curado?"

O filho respondeu:

   No momento em que me atormentavam, eu entrei na hospedaria e lá encontrei uma mulher de grande beleza, que estava com uma criança. Ela estendia sobre umas madeiras as fraldas que acabara de lavar. Eu peguei uma delas e coloquei-la sobre minha cabeça e os demônios fugiram imediatamente e me abandonaram.

O pai, cheio de alegria, exclamou:

Meu filho, é possível que essa criança seja o Filho do Deus vivo que criou o céu e a terra e, assim que passou por nós, o ídolo partiu-se, os simulacros de todos os nossos deuses caíram e uma força superior à deles destruiu-os.”

XXVII. A Peste em Belém

Quando chegaram a Belém, havia uma proliferação de doenças graves e difíceis de serem curadas, que atacavam os olhos das crianças e lhes causavam a morte. Uma mulher, que tinha um filho atacado por esse mal, levou-o a Maria e encontrou-a banhando o Senhor Jesus.
A mulher disse-lhe:
  Maria, vê meu filho que sofre cruelmente.
Maria, ouvindo-a, disse-lhe:
  Pegue um pouco desta água com a qual eu lavei meu filho e espalha-a sobre o teu.
A mulher fez como lhe havia recomendado Maria e seu filho, depois de uma forte agitação, adormeceu. Quando acordou, estava completamente curado.

A mulher, cheia de alegria, foi até Maria, que lhe disse:
  Rende graças a Deus por ele haver curado o teu filho.”

Assim muitos possuídos por espíritos ruins foram curados, leprosos, endemoninhados, mudos, etc. O poder do Salvador já se manifestava em atos simples, e mesmo uma água que o tocasse já servia de remédio para curas, usada por Maria em pessoas que esse podia auxiliar de algum modo.
Noutra ocasião, ainda menino, brincando com barro, vivificou um pássaro a partir deste, de forma que saiu voando.
Conforme Evangelho Apócrifo de Pedro:

XLVI. Brincando com o Barro

Um dia, o Senhor Jesus estava na beira do rio com outras crianças. Haviam cavado pequenas valas para fazer escorrer a água, formando assim pequenas poças. O Senhor Jesus havia feito doze passarinhos de barro e os havia colocado ao redor da água, três de cada lado. Era um dia de Sabbath e o filho de Hanon, o Judeu, veio e vendo-os assim entretidos, disse-lhes:
  Como podeis, em um dia de Sabbath, fazer figuras com lama?
Ele se pôs, então, a destruir tudo. Quando o Senhor Jesus estendeu as mãos sobre os pássaros que havia moldado, eles saíram voando e cantando. Em seguida, o filho de Hanon, o Judeu, aproximou-se da poça cavada por Jesus para destruí-la, mas a água desapareceu e o Senhor Jesus disse-lhe:
  Vê como está água secou? Assim será a tua vida.
E a criança secou”.

Também ressuscitou um pássaro em outro momento. Na verdade, deve ele ter ressuscitado diversas crianças durante a sua infância, bem como amaldiçoado as que lhe provocavam, despertando o medo das pessoas, que o chamavam de feiticeiro, impropriamente. Até mesmo no Egito ele se encontrou, o que é confirmado por Mateus. A historicidade desse fato pode ter inspirado as referências talmúdicas à permanência de Jesus no Egito”(Dicionário de Jesus e dos Evangelhos).
Conforme Pedro em um relato de ressurreição:

XLIV. O Menino que Caiu e Morreu

Um dia, o Senhor Jesus estava brincando com outras crianças em cima de um telhado e uma delas caiu e morreu na hora. As outras fugiram e o Senhor Jesus ficou sozinho em cima do telhado. Então os pais do morto chegaram e disseram ao Senhor Jesus:

Foste tu que empurraste nosso filho do alto telhado.
Como ele negasse, eles repetiram mais alto:
Nosso filho morreu e eis aqui quem o matou.
O Senhor Jesus respondeu:
Não me acuseis de um crime do qual não tendes nenhuma prova. Perguntemos, porém, à própria criança o que aconteceu.
O Senhor Jesus desceu, colocou-se perto da cabeça do morto e disse-lhe em voz alta:
Zeinon, Zeinon, quem foi que te empurrou do alto do telhado?
O morto respondeu:
Senhor, não foste tu a causa da minha queda, mas foi o terror que me fez cair.
O Senhor recomendou aos presentes que prestassem atenção a essas palavras e todos eles louvaram a Deus por este milagre”.
E ainda um relato de maldição, comparável ao da figueira:

XLVII. Uma Morte Repentina

Certa noite, o Senhor Jesus voltava para casa com José, quando uma criança passou correndo na sua frente e deu-lhe um golpe tão violente que o Senhor Jesus quase caiu. Ele disse a essa criança:

  Assim como tu me empurraste, cai e não levantes mais.

No mesmo instante, a criança caiu no chão e morreu”.

Sobre os apócrifos alguns criticam, mas meu amigo Minikovsky é a favor de que sejam inclusos na Bíblia, conforme Summa Philosophica: “Tese de n° 05.427: Diria até mesmo que além desta Bíblia da Igreja Católica Apostólica Romana com seus 73 livros, uma editora valente e corajosa deveria publicar a Bíblia tradicional acrescida de todos os apócrifos  possíveis e imagináveis, em 2000 anos de cristianismo quem foi que teve coragem?!”. Deste modo fica a crítica da crítica, uma vez que os evangelhos canônicos também foram escolhidos com um critério não tanto científico se comparado as nossas técnicas atuais. Até os escritos de Nag Hamadi, do Mar Morto são mais verídicos do que aqueles que forma escolhidos pela Igreja Católica. Não podem outros assim dogmatizar sobre o que é inspirado pelo Espírito Santo e o que não é. Resta a fé e a inspiração para revelar a verdade, e sobre relatos da infância, é certo que Jesus teve infância, e que alguém deve ter testemunho de sua vida nesse período.
Mas com treze anos Jesus estava sendo testado. Os rabinos perguntavam a ele a respeito da Lei e ele os respondia com propriedade. Ele estava na casa do Pai. A nossa casa é o nosso corpo, templo vivo, do Espírito Santo. Tornemos sagrada a nossa casa, o nosso templo. Precisamos nos perder, para nos encontrar (como o filho pródigo da parábola). É o autoconhecimento que nos leva a verdade. É o deserto que devemos enfrentar por quarenta dias (XXXX). A infância de Cristo demonstra que ele foi profetizado, que estava em sua missão cósmica. Curar e ressuscitar faria parte de sua vida no futuro, bem como operar os exorcismos. Ele foi a Palavra viva de seu palavra viva entre os homens, o filho do homem (iniciado/adepto), iluminado e quem deve se fazer criança é o homem para estar em sua presença.


César Vidal Manzanares - Dicionário de Jesus e dos Evangelhos
Cléverson Israel Minikovsky - Summa Philosophica
Evangelho Apócrifo de Pedro
As Doutrinas Secretas de Jesus - Harvey Spencer Lewis 

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Nascimento místico de Jesus

Nascimento místico de Jesus



“E, havendo eles se retirado, eis que um anjo do Senhor apareceu a José em sonho, dizendo: Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito, e ali fica até que eu te fale; porque Herodes há de procurar o menino para o matar”. “Cumpriu-se então o que fora dito pelo profeta Jeremias” (Mat. 2:13-17)


O Cristo foi encarnado do Espírito Santo e da Maria. Ele renasce como a vida renasce. Nasceu da mulher celestial, da eterna virgem e mãe natureza. Segundo meu amigo Minikovsky: “Tese de n° 08.983: Os romanos adoravam o deus Sol em 25 de dezembro, data a que se atribui o nascimento de Jesus Cristo por ser considerado a ‘Luz do Mundo’” e “Tese de n° 04.760: Deus encarnou-se numa figura estrondosamente masculina, Cristo Jesus, mas prestigiou as mulheres ao escolher ser gestado no ventre de Maria, Mãe d’Ele e Nossa Mãe”. (Summa Philosophica). Assim o Paráclito nasce no nosso coração, ou seja, quando há pureza em nosso coração. O amor aí se torna a lei. O Filho do Homem nasce em todo aquele que tem fé e renasce em si mesmo, se regenera.
Outrossim, também temos de renascer, como o Sol na aurora. O Cristo é a estrela da manhã. Uma vez que ele nasce no coração do homem, ou seja, é Cristo Interno, e o mistério está completo. Esse mesmo Senhor que está em todo o lugar, em todas as coisas. É o Logos com que foi criada a Criação, em que emanou a existência. Nasceu em Adão e renasceu com o Novo Adão. Nascerá assim, com o Novo Homem, o homem cristificado. É o modelo novo da humanidade. Nasce sobre o brilho da estrela mágica, pentagonal. Os três magos trouxeram presentes espirituais. Cristo renasce infinitamente. A natureza o vê renascido em cada solstício de inverno, sacrificando-se pela natureza e vida do mundo. Provavelmente nasceu numa capela em formato de hospital, em ritual específico, pois já era anunciado. Os essênios eram místicos, vestiam-se geralmente de branco e muitos não se casavam. Também se deve lembra que nasceu o filho do homem no solstício de inverno, vencendo as trevas na origem, influenciado pelo signo de capricórnio. “Na noite entre 24 e 25 de dezembro, o Sol, tendo começado a elevar-se vagarosamente em direção ao Equador da Terra, o signo zodiacal de Virgo, a Imaculada Virgem celestial, está no horizonte leste em toda latitude norte (pouco antes da meia-noite)” (Cristo Cósmico e Oculto). Muitos mestres teriam nascido de virgens, como Hórus, Krishna, Buda, Zoroastro etc. A data também é especial, mesmo se atribuída.
E a mãe pura o acolheu no bendito ventre. Segundo a GFB: “Toda grande alma que veio ao mundo para viver uma vida de sublime santidade, como a que se exige para a Iniciação Mística Cristã, renasceu através de pais de imaculada virgindade, que não estavam dominados pela paixão durante o ato gerador. 'O homem não colhe uvas dos abrolhos'. É uma verdade axiomática que o semelhante atrai o semelhante, e antes que qualquer um se torne um Salvador, deverá ser puro e sem pecado” e “O 'nascimento místico' de um 'construtor' é um acontecimento cósmico de grande importância” (Cristo Cósmico e Oculto). Tal construtor (tekton em grego) é o Grande Arquiteto Yeshuah, Jesus, como atestam os Martinistas. Ainda, ensinou Irene Gomez de Ruggiero: “Cada um de nós é um Cristo em embrião, e algum dia passaremos pelo nascimento místico e pela morte mística, anunciados nos Evangelhos. Algumas vezes, teremos caracteres tão imaculados que seremos credores de habitar corpos concebidos imaculadamente; e quanto mais depressa purificarmos nossas mentes, tanto mais cedo alcançaremos nossa realização. Para finalizar, isto depende unicamente da honradez de propósitos e de nossa força de Vontade” (Símbolos Bíblicos a Luz da Filosofia Rosacruz). O nascimento místico do Grande Arquiteto é a manutenção de nossa vida física e espiritual, e deveríamos ser filhos imaculados desse princípio.
E a cidade onde nasceu é naturalmente um monte, lembrando o das Oliveiras e ainda onde recebeu Moisés a Lei. Segundo teólogos, Belém era “Cidade a 777 metros de altitude. Seu nome em hebraico significa casa do pão. Situa-se a 10 quilômetros a sudoeste de Jerusalém. Possui cerca de 12000 habitantes. Nos tempos de Jesus, a cidade de Belém pertencia à região da Judéia. A cidade fica no alto de uma colina – fortaleza natural”. (Introdução a Teologia – Geografia Bíblica). Também Davi teria nascido em Belém. Miquéias profetizou que o messias nasceria em Belém. Na “casa de pão” teria nascido o verdadeiro pão do céu. 
É também o peixe, revelando a Era/Aeon dos tempos que estava inserido. Diferentemente do festival das fadas do verão, no inverno se busca mais a introspecção e espiritualidade, campos propícios para que o Cristo Cósmico e interno venha sempre a nascer dentro de nós. Renasce na ressurreição, todo o ano.  O Cristo assim nasce em nosso coração, no seio de nossa alma, de nosso amor espiritual. Mesmo disse João Paulo II: “José, pelo que sabemos do Evangelho, é homem de ação. E homem de trabalho. O Evangelho não conservou palavra alguma sua. Descreveu-lhe porém as ações: ações simples, quotidianas, que têm ao mesmo tempo significado límpido no que respeita ao cumprimento da Promessa divina na história do homem; obras cheias de profundidade espiritual e de simplicidade amadurecida” (Catequeses de João Paulo II). Também deve o homem em Cristo superar a serpente descendente (a sexualidade não casta), fazendo com que a energia não mais desça as trevas (pisando na cabeça), mas que suba através da cruz do corpo (como havia feito Moisés para livrar-se do veneno das serpentes e representa a mulher no Apocalipse), a fim de renascer ressuscitando para sempre na rosa. Como o Sol que renasce no oriente, o Cristo também ressurge simbolicamente todos os dias a fim de nos lembrar sobre a vida. Não a vida de um ou de outro, mas a origem da vida, pelo Verbo que era Deus, que fez tudo nascer.


Fontes

Summa Philosophica – Cléverson Israel Minikovsky
Crítica das Crenças – Mariano Soltys
Cristo Cósmico e Oculto – GFB, em site www.infolink.com.br/ssg/
As Doutrinas Secretas de Jesus - Harvey Spencer Lewis 
Símbolos Bíblicos a Luz da Filosofia Rosacruz – Irene Gomez de Ruggiero
Yeoschuah - Grande Arquiteto do Universo dentro da tradição Martinista – artigo em  www.sca.org.br
Catequeses proferidas pelo Papa João Paulo II – Teologia do corpo
Faculdade de Educação Teológica Fama -  Curso Livre de Teologia - Introdução a Teologia/Geografia Bíblica



segunda-feira, 25 de julho de 2011

Espinho na carne de Paulo

ESPINHO NA CARNE DE PAULO


“e para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi me dado um espinho na carne” (2 Co 12.7)

            Paulo falava que possuía um espinho na carne. De certo modo, o espinho foi sempre uma figura de linguagem para algo desagradável, penoso e assim por diante. Também todo o cristão ou mesmo ser humano carrega consigo as adversidades da vida, que na sua carne são refletidas. São as vicissitudes da vida, que ao longo da evolução da alma se é compelido ao vestir o veículo corporal a que estamos manifestados nesse plano. Mas sobre o espinho, já no Antigo Testamento havia muitas referências, chegando o termo em hebraico a ter afinidade com o estrangeiro ou mesmo com monte Sinai. Vejamos alguns desses termos:
          “ESPINHOS -  Símbolo de punição, falsos ensinamentos, espinhos. Jz 8.7-16; Is 5.5-7; 7.23; Ez 2.6; Heb 6.8”.(Símbolos e tipos da Bíblia)
          Mas em Paulo o termo grego usado foi “skolops”, que serve também para estaca, algo pontudo. Há a referência a um anjo que teria trazido esse sofrimento e que o mesmo não era curado por fé ou oração, sendo algo para Deus. (Manual Bíblico Unger). Parece que o termo se referia a algo como espiação, provação ou semelhante, apesar de por Cristo já se estar perdoado dos pecados, e mesmo pelo batismo se ser uma nova pessoa.
          Mas em hebraico no Antigo Testamento:
אטת atad
procedente de uma raiz não utilizada provavelmente significando perfurar ou fazer rápido; DITAT - 71a; n m
      espinheiro, sarça, espinho
Atade, significando espinho, também chamada Abel-Mizraim e depois Bete-Hogla estava localizada a oeste do Jordão, entre o Jordão e Jericó

חרק chedeq
procedente de uma raiz não utilizada significando picar; DITAT - 611a; n m
espinheiro, espinho, picada
 חוח chowach
procedente de uma raiz não utilizada aparentemente significando furar; DITAT - 620a,620b; n m
      espinho, cardo, amoreira, espinheiro, moita
gancho, argola, corrente

סין Ciyn
de derivação incerta; n pr loc
Sim = “espinho” ou “barro”
uma cidade na parte oriental do Egito
a região deserta entre Elim e Sinai
Ciynay
de derivação incerta, grego 4614 σινα; DITAT - 1488; n pr loc
Sinai = “espinhoso”
a montanha onde Moisés recebeu a lei de Javé; localizada no extremo sul da península do Sinai, entre as pontas do mar Vermelho; localização exata desconhecida

 צן tsen
procedente de uma raiz não utilizada significando ser espinhento; DITAT - 1936a; n. m.
espinho, farpa
significado incerto


τριβολος tribolos
de 5140 e 956; n m
espinho, planta selvagem espinhosa, nociva para outras plantas

βατος batos
de derivação incerta; n m
um espinheiro ou arbusto espinhoso

 (Dicionário Bíblico Strong)


   O que mais interessa talvez seja o termo Sinai, que nos leva ao monte e a Lei ou Torá, recebida por Moisés. Com a nova aliança Jesus eu nova vida a muitas regras e tornou outras desnecessárias, como as alimentares e circuncisão, cumpridas no judaísmo. Não cumpre um cristão com os 613 mandamentos então não faz muito sentido uma seita A ou B querer defender que sua regra está na Bíblia, e que outro cristão não cumpre porque contraria o mesmo livro sagrado. Mesmo os cristãos primitivos, no exemplo do Sábado, onde era comemorado o Domingo por costume e tradição. A circuncisão e mesmo o “kacher”, regra alimentar judaica, também não mais foram cumpridos. Ficou mais restrito a “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, sendo um espinho nos flancos conviver com essa diferença doutrinária ao tempo de Paulo. Suas cartas foram insistentes em evidenciar essas mudanças. E sobre um anjo de Satanás, pode ser que isso ocorresse, mas todo o ato ruim e vício parece ser influído por alguma entidade, aqui sendo mais um cascão astral ou elemental, no dizer de ocultistas, e não anjo (uma vez que anjo fica preso a regras e dogmas...). O espinho na carne de Paulo maior talvez fosse mais a divergência doutrinária dos primeiros cristãos com judeus e outros, que uma doença ou malefício em seu corpo.
Indo para a cabala, o espinho seria sempre aquelas esferas abaixo do abismo como as conchas, chamadas de “quiflots”, e assim relacionadas com os demônios. Assim entrariam os vícios e defeitos “humanos”, como a ira, a inveja, a vingança, a dor, a doença em geral etc. Assim o espinho seria um desses ataques astrais e defeito mesmo do ser, no caso Paulo. Contudo com sua missão, não é de se duvidar que como interesses Cósmicos estavam em jogo, inimigos vários devem ter surgido, e energias negativas poderia afetar seu corpo, ou o tentaram crucificar. Quando se refere ao plano espiritual, isso pode ser traduzido como algo que tentou com pregos ou espinhos crucificar na dor o seu corpo carnal, contrariando a evolução não só de Paulo mas do cristianismo. Tais seriam as quiflots que tentariam afastar as verdadeiras esferas de emanações de Deus, as esferas de luz da árvore da vida cabalística. A árvore abaixo do abismo se chama de árvore da morte, e é essa a habitação das conchas e seus demônios, na cabala. O espinho na carne seria a relação com essas entidades trevosas, que na verdade são um aspecto do homem antigo, o pecador e não sábio, aquele que ainda não encontrou Cristo para seu caminho de Novo Homem, que supera a queda. Todo homem  assim tem seus espinhos na carne, e deve com sabedoria superá-los com o seu Cristo, bem como com a ajuda do seu Sagrado Anjo Guardião, para que haja sua reintegração a luz de Deus, da qual se afastou anteriormente.

Fontes

- Dicionário Bíblico Strong
- Manual Bíblico Unger
-  Símbolos e Tipos da Bíblia
-  Saint Martin - Homem: sua verdadeira natureza e ministério
-  Cabala – Roland Goetschel

domingo, 26 de junho de 2011

Os 144000 salvos do apocalipse no seu cap. 7 e a Cabala

Os 144000 salvos do Apocalipse no seu Cap. 7 e a Cabala


         E ouvi o número dos que foram assinalados com o selo, cento e quarenta e quatro mil de todas as tribos dos filhos de Israel: da tribo de Judá havia doze mil assinalados; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade, doze mil; da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manassés, doze mil;da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; da tribo de Zabulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamim, doze mil assinalados. (Apo. 7:4-8)     


       Os textos do livro do Apocalipse ou Revelação Já fizeram muitas pessoas pensarem muito, ainda mais sem as chaves de interpretação, que tem de ser de acordo com as ciências antigas. Muitas igrejas entendem que entre seus membros estão os 144000 descritos para se salvar, como a Testemunhas de Jeová e a Adventista, bem como muitos Pentecostais e Neo-pentecostais ainda entendem que são um dos salvos aí descritos. Seria muito restritivo entender que apenas esse pequeno número será salvo, mas ninguém pode esquecer que com Noé foram apenas 8 pessoas! Mas existem mais de cem “Noés” pelo mundo, e muitos povos têm histórias semelhantes sobre o assunto. Contudo o nosso site propõe a dar as chaves cabalísticas sobre esse número, pois os próprios números em sistema hebraico se encontram lacrados ou selados nesse sistema, não em outro.
         Cito de início uma opinião de uma Rosacruz: “Dentro do conhecimento oculto há uma chave que encerra a solução deste simbólico versículo, de uma maneira muito lógica. Em hebraico, os valores numéricos são representados por letras. Assim, como neste idioma Adão é ADM, temos que o valor de A é 1, o de D, 4 e o de M,40. Eis aqui os 144.000. Se, por outro lado, somamos estes valores, temos como resultado 9, isto é, o número que representa a humanidade. Em outras palavras, o homem Adão, ou seja, toda a humanidade, será salvo. Ainda neste capítulo do Apocalipse está simbolizado o Zodíaco, com seus doze signos através dos quais a humanidade nasce e evolui, quando se lê que todos os filhos de Israel salvar-se-ão, sendo 12.000 de cada uma das doze tribos. (Símbolos Bíblicos a Luz da Rosa Cruz). Aqui encontramos uma chave além da cabalística-numérica, que se refere ao homem ou humanidade (=Adão), mas também uma astrológica. Adão soma 9, mas também outro número em Apocalipse, 666 (Apo. 13:18), não vai além de tal conceito 6+6+6=18, 1+8=9, número do homem novamente. Quanto as 12 tribos, não há na época talvez desse escrito apocalíptico uma ciência que não seja a astronomia a revelar o mistério desse número, pois são as doze constelações, ou o Zodíaco. Aqui se pensa que o 144 se refere a um grande ciclo em nosso Universo, como 12 x 12=144. Aqui leva a Israel celestial, ou as verdadeiras doze tribos a que são referidas no capítulo 7.
         Sobre esses números, bom é lembrar as lições do místico Westcott com seus estudo:
12. Tribus de Israel.
12. Apóstoles del Cordero (XXI. 14).
12. Puertas en la Nueva Jerusalém.
12. Ángeles para guardarlas (XXI. 12).
12. Fundamentos de los Muros de la Nueva Jerusalém.
12. Estrellas en la cabeza de la mujer (XII. 1).
12. Clases de fruto en el Árbol de la Vida (XXII. 2).
144. Codos, la altura de las murallas de la Nueva Jerusalém(XXI. 17). (Wynn Westcott)
         Aqui se repete o mistério do 12 novamente, com seus significados e várias passagem da Bíblia fazendo alusão a tal número. Cabe aqui lembrarmos de Pitágoras e seu sistema que parece ter traduzido essa linguagem, e lá os números são parte da Divindade, ou são caracteres demiúrgicos. Já no Apocalipse vemos um fim, algo como o fim de volta nessa espiral da existência da humanidade (Adão). Todos da humanidade estão sob as 12 constelações ou doze tribos, mesmo sobre os doze Apóstolos do mestre Jesus.
         Claro que os judeus se basearam também em doze deuses de outras nações, nessa inspiração e mesmo João com seu livro não fugiu dessa inspiração. Lembra assim Westcott que Heródoto: “Nos cuenta que los Egipcios fundaron el sistema de una Teología de Doce Dioses. Los Hebreos no cabe duda que en algún tiempo adoraron al Sol, la Luna, los Siete Planetas y los Doce Signos del Zodíaco. (Véase Reyes, XXIII-5 y Job, XXXVIII-32). Dunlop, en su obra «Vestigios», afirma que de los nombres de los 12 meses que usaban los Judíos, algunos son idénticos a los nombres de las Deidades, como Tammuth, Ab, Elul, Bul. Hay grupos de 12 Dioses en las regiones de muchas naciones antiguas, como los Caldeos, Etruscos, Mamertines, Romanos, etc. En Escandinavia, el Gran Odin tuvo 12 nombres o atributos personificados. Los Kabalistas dicen que las 12 permutaciones del Tetragrammaton, son: IHVH, VHIH, HIVH, HVIH, IHHV, IVHH, HVIH, VIHH, HHVI, HIVH, VHHI, HHIV. El Talmud dice: «Ninguna persona cuando muere deja de ocupar el corazón de sus deudos hasta los 12 meses»”(Los Números). Esse calendário de deuses nos lembra dos nossos sete dias da semana, referência a sete deuses como Mercúrio, Marte, Saturno,  etc, o que em espanhol fica bem bem claro: Segunda=Lunes, terça=Martes. O sistema é certamente egípcio, e Moisés nos trouxe essa herança mística e teológica, proveniente porvavelmente de alguma iniciação sua. Mesmo com Jetro deve ter recebido algum lição nesse sentido. A influência dos Caldeus aqui é clara também, e João não fugiu a regra. No livro cabalístico da Criação, Sepher Yetzirah, se fala em 12 letras simples, no hebraico. 
          A menudo, junto con este enfoque, se da la promoción de un movimiento cuyo eje puede ser una persona concreta-Ellen White de la Iglesia Adventista del Séptimo Día; José Smith de la Iglesia Mormona; Elder Parle de la secta coreana del Olivo; Diettich Bonhoeffer, el profeta del “Cristianismo sin religión.” (Teologia Contemporânea in www.4share.com, acesso em nov. 2010). Voltando ao número entendido de forma literal, e pessoas em tribos literais, nos leva a perguntar onde estão as 12 mil pessoas de cada tribo ali descrita? Aqui não faz a referência a uma tribo-igreja só, mas a 12, e assim sendo poderíamos pensar em 12 igrejas, não apenas na Testemunhas de Jeová, Adventista ou Mórmons (Igreja dos santos dos últimos dias), ou mesmo no entendimento citado de White, Smith etc. Mas sem as ciências antigas, se procurarão salvos em todos os lugares, surgem falsos profetas e se condenam bestas-demônios em governos, etc. Tudo isso é perigoso.
         Voltando a nossa linha, mística, Rosacruz e Martinista, citamos Saint Yves: “Este mismo término AthMa, en la Lengua angélica primordial, la de las Correspondencias de la Palabra del Verbo, es al mismo tiempo un Número: 1440. Este mismo número, en sonometría moderna, es el jerarca verbal del modo central cromático de mi, y en angélico el Arpa arcangélica solar de nuestro Sistema zodiacal. Multiplicado por 100, es el jerarca del Modo enarmónico de la Sabiduría divina. Es el Arpa de su Arcángel: Herm-es-Thoïth, Rafaël-Trismegisto; pero aquesto en el Mundo de Gloria, cuyo Sol viviente es el "Lumen de lumine" del Credo de san Atanasio y del Génesis de Moisés: Ha-OR. y, para que uno no pueda equivocarse ahi, san Juan (Apoc. VII, 4, 9,10 y XIV, 1, 2. 3. 6) lo hace sonar por 144.000 Arpas, y cantar por 144.000 Elegidos. El patrón de oro del Arqueómetro da su verificación sonométrica como el Arqueómetro mismo todas sus Correspondencias sagradas”(Saint Yves d' Alveindre– Arqueômetro).  Aqui adentramos na língua dos anjos e já em ideias cabalísticas presentes no Zohar, com referências a Hermes e Toth, divindades egípcias, ou anjos. Referência interessante a 144 mil arpas, bem como ao Verbo, o que nos leva a Cristo, novamente uma língua angelical, verbo demiúrgico, diferente das nossas palavras que muitas vezes são vazias. A chave também deve levar em conta tal enfoque onde o Logos participa do fim desse ciclo-espiral, e não se refere a um fim total, mas a entrada no Reino e salvação.  Assim a totalidade, mesmo um evangélico assim reconhecendo: “Tudo o que podemos dizer honestamente é que, se pelo contexto, os 144.000 parecem representar a igreja em sua totalidade, é uma interpretação apoiada pelos elos que parecem existir entre alguns de seus fatores (3,4 e 10) e certas idéias bíblicas básicas. (A Mensagem de Apocalipse: eu vi o céu aberto. Michael Wilcock, p.24)

Por fim, ainda nos resta uma lição de Jorge Adoum: “Também o número 144.000 representa aos deuses atômicos que estão concentrados no cérebro, dependentes dos doze líderes que regem as doze faculdades do Espírito, porque o líder maior tem sob suas ordens a doze líderes menores e cada um destes dirige a mil átomos construtores, os que se diferenciam em incontáveis força menores que no versículo 9 se acham com roupas brancas diante do trono”. (Rasgando Véus). Entendo assim que as chaves para tais escritos se encontra na Cabala, na Numerologia, na Astrologia e assim por diante, uma vez sendo ciências antigas mais de acordo com o pensamento dos que escreveram esses escritos. Semelhante é a escritos de alquimistas, onde não se compreendendo a linguagem daqueles, nada se consegue compreender. Assim a humanidade está salva, apesar de alguns por si mesmos (primeira ressurreição), e outros pelas coisas difíceis que os converterão (segunda ressurreição). No mais, simbologia cósmica e cabalística, nada de Reinos, Monstros, Guerras, Catástrofes etc.



Fontes
-Jorge Adoum – “Rasgando Véus: A Revelação do Apocalipse de São João”
-Zohar
-Sepher Yetzirah
            -Winn Westcott – “Los números: su oculto poder e místico significado”
        - Michael Wilcock – “A Mensagem de Apocalipse: eu vi o céu aberto”.
            - “Teologia Contemporânea” in www.4share.com, acesso em nov. 2010